Mãe Lenice D'oxóssi
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Que esta melodia recaia sobre VOCÊ como um Bálsamo Salutar sobre sua alma nas dores da vida carnal e espiritual te elevando espiritualmente...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

LENDA DE OSÍRIS e Isis

http://intervox.nce.ufrj.br/~claraluz/lendas/osiris.htm FONTE


Há muito tempo... quando ainda não havia o Egito ... apenas bandos de caçadores nômades e selvagens ... existiu um rei-deus chamado Osíris, casado com a propria irmã, a rainha-deusa Ísis. Eles eram deuses bons. Osíris ensinou o povo a viver em paz, a se organizar em cidades. A forjar armas de metais para se defender dos animais selvagens. A cultivar a terra, para dela tirar seu sustento. Ísis, por sua vez, organizou as famílias, livrando-as, através de sua magia, de todos os males e doenças. Era a deusa protetora do lar, das mães e das crianças.
Havia outro deus, chamado Tot, deus da ciência. Ele ensinou o povo a ler e a escrever, pois era o senhor da palavra criadora e mágica. Assim nasceu a civilização egípcia.
Osíris ficou tão feliz com os resultados que resolveu sair pelo mundo, ensinando todos os povos a fazer a mesma coisa, assim como aconteceu no Egito. E partiu, deixando no trono Ísis, sua fiel companheira. Com ele foram dois deuses amigos: Tot e Anúbis, o deus dos mortos. Mas existia no Egito outro deus, chamado Seth, o irmão mais moço de Osíris. Ele não herdara o trono, pois naquele tempo só os primogênitos tinham direito a isso. Cheio de ódio, planejou uma terrível vingança contra o irmão. Quando Osíris voltou, radiante, de sua viagem, Seth ofereceu-lhe um banquete. Então, mandou vir uma grande caixa, ricamente enfeitada, e propôs uma brincadeira: a caixa pertenceria a quem coubesse dentro dela, sem deixar o menor espaço vazio. Todos os deuses convidados tentaram, mas como eram de pequena estatura, sempre sobrava algum espaço. Acontece que Seth havia mandado fazer a caixa do tamanho exato de Osíris, que era alto e forte. Quando Osíris finalmente entrou na caixa, ela serviu perfeitamente. Ato contínuo, Seth a lacrou com chumbo e mandou jogá-la no rio Nilo. Os outros deuses, apavorados, fugiram todos, tomando a forma de animais. Ísis, desesperada, rasgou sua roupa, mas com a ajuda de Tot conseguiu fugir. E, mesmo sabendo que Osíris estava morto, resolveu resgatar seu corpo para sepultá-lo condignamente.
Díficil procura... Por longo tempo, Ísis perambulou pelo Egito. Como não sabiam que se tratava de uma deusa, e estivesse vestida com andrajos, ninguém a queria receber. Seth, por sua vez, sempre vingativo, ordenava que espíritos malignos atrapalhassem seus caminhos... Mas Ísis tinha grande poder, e sua escolta era constituída de sete escorpiões venenosos que a protegiam, como muralha viva, de todos os males. Perguntando aqui e ali, soube por algumas crianças que a caixa, boiando no Nilo, chegara até o mar ... Ísis continuou viagem e, finalmente, chegou à cidade de Biblos. Lá, descobriu que a caixa tinha ancorado junto a uma moita, e esta, por encanto, se transformara numa grande acácia, cujo tronco absorvera a caixa com o corpo de Osíris. A árvore era tão linda e estranha que o próprio rei do lugar mandou que fosse levada como coluna para seu palácio. Ísis resolveu usar sua magia. Então, todas as noites se transformara numa pequena andorinha e ficava rodopiando em torno da coluna, no palácio do rei, enquanto soltava pungentes trinados ... Isso não adiantou muito e ela mudou de tática, voltando à forma de mulher, fez amizade com as criadas da rainha, que iam buscar água no poço. Ficaram tão encantadas e falaram tanto dela que até a rainha quis conhecê-la. Logo, Ísis foi transformada na governante do pequeno príncipe, herdeiro do trono. Mesmo assim, todas as noites, ela ainda se transformava em andorinha e, rodeando a coluna, cantava tristemente para o amado esposo.
Um dia, a rainha entrou inesperadamente no quarto do filho e ficou apavorada: o pequeno berço estava rodeado pelas chamas, enquanto sete escorpiões formavam um círculo agressivo ao seu redor. Os gritos da rainha atraíram o rei e a guarda, mas Ísis, impaciente, apagou o fogo com um simples gesto. Depois contou ao rei e à rainha, assustados, que, em gratidão pela hospitalidade recebida, teria dado a imortalidade ao príncipe, através das chamas purificadoras. Mas, com a entrada da rainha, o encanto se quebrara para sempre. A rainha ficou muito triste, mas o rei se sentiu profundamente honrado de ter dado hospitalidade a uma deusa. E disse a Ísis que pedisse o que quisesse. Na mesma hora, ela pediu a coluna do palácio. Tirou dela a caixa com os restos mortais de Osíris, deixando a árvore como relíquia sagrada para o rei e o povo. Então voltou para sua terra, mas, no caminho, não resistindo á curiosidade, abriu a caixa. Foi tão grande sua dor vendo o que restara de Osíris, que se transformou num falcão e começou a voar em círculos; por milagre, nesse instante, foi fecundada pelo marido morto.
Quando finalmente voltou ao Egito, Ísis, já de volta à sua forma humana, escondeu a caixa nos pântanos, para que ninguém a encontrasse. Mas Seth era um deus maligno. Certa noite, quando caçava nos pântanos, encontrou a caixa com o corpo do irmão. Louco de fúria, esquartejou o corpo em 14 partes que mandou espalhar por todo o Egito.
Não havia terminado o tormento de Ísis. Ela recomeçou sua busca apaixonada, pelo Egito, até que, depois de terríveis fadigas, conseguiu encontrar os 13 pedaços. O outro fora devorado por um esturjão do Nilo. Mas como devolver a vida a Osíris, ressuscitá-lo? Ansiosa, Ísis pediu ajuda a vários deuses, parentes ou amigos: a Néftis, sua irmã e esposa de Seth, mas inocentes de seus crimes, e a Tot e Anúbis. Anúbis embalsamou o corpo, daí surgindo a primeira múmia do Egito. Osíris ressuscitou, mas não pôde mais reinar na Terra, e sim no "lugar que fica além do horizonte ocidental".
Conseguido seu intento, Ísis escondeu-se no pântano, para proteger a vida do seu filho que esperava, contra a vingança de Seth. Quando o menino nasceu, ela lhe deu o nome de Hórus, cujo olho direito era o sol, e o esquerdo era a lua. E se transformava, quando queria, nun grande falcão, que voava livre pelos céus ... Quando Hórus cresceu, tornou-se um valente guerreiro. Reuniu os fiéis súditos de Osíris para vingar o pai ... Travou feroz batalha com Seth, que durou três dias e três noites, da qual Seth saiu gravemente ferido. Quase moribundo e por artes de feitiçaria, Seth setransformou num javali negro que arrancou o olho esquerdo de Hórus ... Nesse instante, a lua parou de brilhar no céu, o que deixou o povo apavorado. A batalha continuava sem fim, até que Ísis, desesperada, pois Seth também era seu irmão, pediu ao filho que desse fim a ela. Hórus, enraivecido, decepou a cabeça da mãe. Nesse instante, Tot, por sua conta, resolveu intervir; deu nova cabeça a Ísis, curou Seth, mas antes exigiu que ele devolvesse o olho esquerdo de Hórus. Depois de duas semanas, a lua voltou a brilhar no céu, para alegria do povo.
Porém, os deuses, descontentes, exigiram que Tot presidisse um julgamento, para decidir quem era o herdeiro de Osíris no trono do Egito. Seth acusava Hórus de ter sido gerado após a morte do pai, ao que Hórus replicava que Seth não merecia confiança, pois sempre agira de má fé. O processo durou oitenta anos. Finalmente, o Divino Tribunal dos deuses decidiu que: o Egito seria dividido em dois: o baixo Egito ficaria com Hórus e o alto Egito com Seth. Isso aconteceu há 13.500 anos antes de Menés ... "
(A lenda foi recolhida por Plutarco - historiador grego que viveu há dois mil anos, no início da era cristã, e reproduzida largamente até agora.)


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