Mãe Lenice D'oxóssi
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Que esta melodia recaia sobre VOCÊ como um Bálsamo Salutar sobre sua alma nas dores da vida carnal e espiritual te elevando espiritualmente...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Exu Guerreiro




Na Umbanda a origem de Exu está em função da necessidade de existirem guardiões, encaminhadores e combatentes das forças trevosas. Trabalho básico da Umbanda. Por isso se diz que “Sem Exu não se faz nada”. Isso não porque Exu não deixa, porque é vingador, traíra ou voluntarioso como querem fazer pensar algumas lendas sobre Exu, mas sim porque não há como combater forças trevosas sem defesa e proteção. Então pode vir a pergunta: “Então nossos guias (caboclos e pretos velhos) não nos protegem e defendem?” Claro que protegem e defendem, entretanto cabe a Exu o primeiro combate, o combate direto contra as energias que circulam no Astral Inferior. Esta é a especialidade de Exu, pois conhece profundamente os caminhos e trilhas desse ambiente energético. É a sua função primeira, assim como a dos Caboclos e Pretos Velhos é a de nos orientar e aconselhar.           
Tudo na Umbanda é organizado, coerente e lógico.
Tendo isso em mente, um segundo mito a ser desfeito diz respeito a confiabilidade de Exu. Como disse anteriormente, Exu não é traíra! Qual a lógica de Orixá e entidades de luz o colocarem como guardião, defensor se ele fosse “subornável”, se ele não fosse confiável? Seguindo o mesmo raciocínio outro mito que não tem base alguma é “Exu tanto faz o mal quanto faz o bem e depende de quem pede. Nós é que somos os maus na história”. Não existe “defesa” pior para Exu do que esta, pois trata-se de outra incoerência! Se uma criança sabe diferenciar o bem do mal, como Exu, conhecedor de segredos de magia, manipulador de magia, defensor, combatente de forças trevosas possa ser tão imbecil a ponto de não diferenciar o bem e do mal e o que é pior trair a confiança de Caboclo e Pretos Velhos? E ainda por cima não ter nenhum tipo de aspiração evolutiva, ou seja, ficar sempre entregue a mercê de nossa vontade nunca aspirando evoluir? Aí vem outra pergunta: “Mas eu fui num terreiro e disseram que o trabalho contra mim foi feito por um Tranca Ruas”. Resposta: o trabalho foi feito por um obsessor se passando por Tranca Ruas. Aliás, obsessor se passa por tudo, inclusive por enviado de Orixá, como Caboclo e Preto Velho. E por que isso acontece? Por causa de médiuns invigilantes. Médiuns pouco compromissados com o Astral Superior, médiuns e dirigentes ignorantes. Médiuns e dirigentes que buscam os terreiros de Umbanda para satisfazer as suas baixas aspirações, como válvulas de escape para fazerem “incorporados” o que não tem coragem de fazer de “cara limpa”! Médiuns de moral duvidosa que gritam, xingam, bebem, dançam de maneira grotesca para uma casa religiosa e imputam a Exu esses desvarios. Caso estejam realmente incorporados estão na realidade é sofrendo a incorporação de kiumbas (que são espíritos moralmente atrofiados ou que buscam apenas tumultuar o ambiente). Nunca um Exu ou Pomba Gira de verdade irá se prestar a um papel desses. Outro ponto que gera muita confusão diz respeito a incorporação de Exu, pois já ouvi a pergunta: “Se ele é guardião, quando está incorporado não está “guardando” nada.”  Novamente a lógica e a coerência devem falar mais alto do que a ignorância e a incredibilidade. O Exu Guardião não é o que incorpora nos terreiros. Os que incorporam são Exus de Trabalho (como eu costumo chamar), de defesa pessoal do médium. Esses Exus também participam dos trabalhos junto aos Exus Guardiões e Amparadores no combate as forças do Astral Inferior, mas os Exus de Trabalho tem um outro tipo de compromisso que é com a Banda do médium e para com a Casa a qual o médium está. Por isso respeitam o templo religioso e não induzem o médium a embriagues, algazarra ou a comportamentos chulos e deselegantes. São espíritos de luz em busca de evolução. Que estão altamente compromissados com as esferas superiores, com os guias e protetores do médium e com toda a egrégora de luz da Casa na qual o médium está inserido. Trabalhando diretamente com esta egrégora eles auxiliam no combate e encaminhamento dos espíritos que são atraídos pela corrente de desobsessão do terreiro que fazem parte. A exemplo de Nossa Casa os Exus de Trabalho de cada médium participam diretamente dos trabalhos realizados pela Corrente de Desobsessão e Cura de Caboclo Pena Branca.Entretanto, cabe lembrar, que o estágio evolutivo de Exu de Trabalho está abaixo de Caboclo e Pretos Velhos. Isso não significa que não sejam evoluídos apenas encontram-se num estágio abaixo. Sua energia é mais densa. Conseqüentemente a sua vibração ou energia de incorporação está mais próxima (ou mais similar) a vibração de terra, exigindo do médium um nível de elevação diferenciado do que quando vai incorporar um Caboclo ou Preto Velho ou até mesmo outro enviado de Orixá. Ou seja, quando o médium se prepara para a incorporação, ele tem que se concentrar e elevar a sua própria vibração, enquanto a entidade incorporante baixa a sua. Quanto mais evoluída for a entidade incorporante, mais sutil é a sua energia e mais exigirá do médium concentração e elevação para a incorporação. Outro aspecto a ressaltar é que esse estágio evolutivo não impede Exu de trabalhar conjunta e harmoniosamente com entidades mais evoluídas, até porque além de trabalharem sob as suas ordens, ou seja, sob as ordens de enviados de Orixá, a questão “hierarquia” é muito bem resolvida no Astral Superior. Lá não existem “disputas” pelo “poder” ou se questiona quem “manda”. Todos estão conscientes de seus papéis e do trabalho que precisa ser realizado, além de trabalharem com um mesmo objetivo, a Caridade! A palavra de ordem de Exu é “compromisso”! Por tudo isso ele não é e nem nunca foi traidor ou do “mal”.

  
Sobre a Incorporação de Exu
              
Exu e Pomba Gira quando incorporados em seus médiuns, podem se apresentar de duas maneiras básicas: alegres ou sérios. Mas mesmo na alegria não há desrespeito ou comportamentos inadequados a um templo religioso. E ainda vou mais longe, e o que vou dizer agora visa justamente desmistificar outro mito ligado a Exu. Quando o Exu é deselegante o médium também o é, só que disfarça quando não está “incorporado”. Esse médium invigilante e portador de moral duvidosa ao receber a energia de incorporação de Exu (que começa a se dar através da aproximação do mesmo), por ser uma energia bastante similar a nossa e justamente por estar mais próxima a crosta terrestre, onde o combate com o Astral Inferior se dá, passa a dar vazão aos seus sentimentos menores, influenciando e interferindo diretamente na incorporação do Exu, que assiste a tudo desconsoladamente. Transferindo para Exu sentimentos e comportamentos que são seus. Isso não chega a ser mistificação, ou seja, fingimento, porque existe a energia de Exu ao lado ou perto do médium. A mistificação envolve o fingimento puro e simples, sem envolvimento de energia ou proximidade de entidade alguma. Mas trata-se de animismo.
A incorporação de Exu e Pomba Gira envolve a manipulação energética de chacras inferiores, e o que acontece no caso descrito acima é que o médium deliberadamente utiliza mal essa energia. Digo deliberadamente, porque isso envolve intenção, moral e mal aproveitamento da energia de Exu.
 Com a continuidade da insistência do médium em se utilizar dessa energia para a manifestação de seus desejos e aspectos menores, em pouco tempo há a queda do médium... O Exu se arranca e fica o que? Kiumba que assume o nome do Exu e aumenta os desvarios... E o médium não percebe porque no fundo usa a influência do kiumba (aliás, um usa o outro) para brigar com a mulher, encher a cara de cachaça, falar palavrão, fazer pedidos de oferendas nas encruzilhadas da vida, matança de animais e outras aberrações. Cabe a direção da Casa coibir veementemente esses comportamentos no seu nascedouro, ou seja, no médium e assim que começam acontecer. Chamando-o a realidade, orientando e desestimulando atitudes desse tipo. Tentando recuperar o médium. Mas se for o caso não deve pestanejar em tomar medidas drásticas para a solução do problema.
Sobre a capacidade de manipulação energética de Exu
Voltando a questão energética de Exu, já falamos que ele é um grande manipulador de energias, transfigurando-se em formas diferenciadas de acordo com o ambiente em que está. A exemplo disso vemos Exu se apresentando aos obsessores que irão combater em configuração que desperte medo e/ou respeito. Ele não poderia se apresentar a um “inimigo” como se fosse uma linda Cinderela... Isso não assustaria ninguém, então ele assume sim formas rudes, entretanto ele o faz por estratégia e não por serem deformados, e muito menos eles tem chifres, rabos e pés de bode como são tão mal retratados nessas imagens que encontramos em casas de artigos religiosos. Como Exu manipula energias para assumir outra configuração “física”? Em primeiro lugar há que se dizer que a forma original de Exu é humana, nada tem de partes de animais, porque os espíritos que compõe a falange de Exu são espíritos como nós, muitos são contemporâneos inclusive.            
Então Exu tem dois braços, duas pernas, uma cabeça, dois olhos, enfim... Assim como nós. Foram homens e mulheres normais das mais variadas profissões.            
Bem, em primeiro lugar em função do trabalho que irá executar ou da “batalha” que irá travar Exu estuda o ambiente que irá entrar, em seguida vibrando numa faixa bem acima do meio que irá adentrar, estuda os seus “adversários”, suas intenções, seus planos, seus graus de compreensão, seus medos, etc.Estabelece uma estratégia e assume a configuração que irá atingir o ponto fraco da maioria do grupo que irá combater. Lembrando que Exu não trabalha sozinho, isso é feito em agrupamentos sob a supervisão direta de um enviado de Orixá. Com isto vemos outra capacidade de Exu, vibrar em faixas diferentes de energia.
E detalhe importantíssimo: tudo isso sem a necessidade de sacrifícios de animais e despachos em encruzilhadas, porque quem “recebe” tudo isso é kiumba!
 Estamos habituados a assistir a visão distorcida de muitos sobre o Exú Guardião, não só pelas práticas inadequadas de preceitos, como também pela realização de cultos e oferendas, como se os mesmos se comprazessem destes ritos. A ignorância de muitos ou mesmo o dolo de alguns, geram dúvidas, incertezas ou mesmo medo. 
          É,... se houvesse uma tentativa mínima para compreender a sua função, dentro do equilíbrio da Lei Divina, a grande maioria teria uma enorme surpresa. Para os que compreendem com maior profundidade as entrelinhas das Tradições, poderão observar que nos processos reencarnatórios, os Exús cumprem o papel fundamental para sua ocorrência, ou seja, se estamos encarnados, é por decorrência das suas especialidades.  
          Além deste aspecto, os Exús (de Lei ou Guardiães) cumprem a sua missão através da execução da Justiça. Eles estão acima dos princípios do Bem ou do Mal, pois em nosso Universo, o Mal, por enquanto, é o predominante. Se pararmos um pouco para refletir, veremos que o ser encarnado, procura extrojetar a sua consciência em outras pessoas ou objetos, quer dizer, realiza o "espelho" de sua consciência.  
          O maniqueísmo (bem x mal) é apenas o estado das consciências dos seres espirituais encarnados ou não, propiciado pela egrégora do inconsciente coletivo, que vem sendo construída a partir da terceira raça, a Atlantiana, que fixa conceitos e imagens, que deturpam e distorcem a verdadeira função de Exú. Nos cinco continentes, práticas deletérias de feitiçarias e bruxarias vêm impregnando determinados conceitos, criando imagens disformes e esdrúxulas, projetando e estimulando o mal, que está na própria consciência das pessoas. E, em muitas regiões, esse mal está totenizado, ou seja, extrojetado em estranhas estatuetas com cornos na fronte, pés de animais, ossos,...  
          Entretanto, cabe um alerta importante, o inconsciente coletivo, pela própria desarmonia dos pensamentos, plasma o mal que cada um de nós carrega e, para fugir da responsabilidade individual, cada um transfere psiquícamente para outra pessoa ou objetos, os "demônios" que seriam nós mesmos, nossas consciências ou nós mesmos desencarnados 
          Não se deve esquecer, que somos responsáveis por essas "criações" e que por tanto serem idealizadas, elas ocorrem do outro lado da vida e vice-versa. E, animados em uma corrente mental pesada e negativa, essas formas anômalas acontecem, fazendo com que você desça mais na escala de densidade vibracional. E, as humanas criaturas por sua vez, que se sintonizam mentalmente a isso, embora tenham, um corpo físico às vezes aparentemente normais, quando se desdobram do corpo astral, ficam da mesma forma animalizados. Assim, para os que vêm Exú como parte disso, como dizem por aqui, "podem tirar o cavalinho da chuva", pois Exú atua na paralela passiva da Lei, denominada de Quimbanda, pois as ações devocionais a seres mencionados acima, estão na Kiumbanda, onde são encontrados seres com aspectos até mais indescritíveis de anomalias. Estes, são ainda, insubmissos a Lei, a Luz... mas por enquanto.  
          A nossa inteligência não pode concordar, que os seres que nos assistem, permitam praticar o bem e o mal em um mesmo local. Seria no mínimo idiota e os mesmos seriam volúveis a tal ponto de ajudar com uma mão e agredir com a outra. Não se esqueça, que Exú é Serventia dos Orixás e os mesmos seguem as orientações emanadas por Criança, Caboclo e Pai Velho 
          Para finalizar, se você vier pedir a um Exú de Lei para prejudicar alguém, pode estar certo que você será o primeiro a levar a execução da Justiça. Mas, se a entidade travestida ou disfarçada de Exú aceitar o seu pedido,... bom, vamos nos encontrar no outro lado... Você será apenas cobrado! 
Elegbá babá Esuriá
Mo-Ju-Ibá
Com votos de profunda paz nos seus pensamentos, irradiante alegria nos seus sentimentos e harmonia nas suas ações, com prosperidade, força e minha benção.    Tashamara

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